Refletir sobre a reciclagem para fabricar produtos em escala é uma alternativa para sair do lugar-comum ao abordar sustentabilidade
Rita Trevisan (novaescola@atleitor.com.br)
RECICLAGEM DE VALOR Itens que poluem o meio ambiente e ocupam espaço são empregados na fabricação de produtos novos com qualidade, o que ajuda a proteger a natureza.
Foto: Marcelo Zochio/Ilustração: Rogério Fernandes
1. Plásticos para fazer madeira: O material demora até 400 anos para se decompor, mas pode ser usado para fazer a madeira plástica, moldável e resistente a cupins, ajudando a controlar
o desmatamento.
2. Entulho se transforma em tijolos: Geralmente, areia e outros restos de materiais são descartados em terrenos baldios, o que favorece a formação de focos de insetos. Tudo isso pode substituir a argila na fabricação de tijolos.
3. Fitas VHS compõem tecido: Se descartadas erroneamente, oferecem riscos, já que são altamente inflamáveis. Quando incorporadas ao algodão, dão origem a uma trama com brilho e textura diferenciados.
4. Cascas de arroz viram cimento: Queimadas a céu aberto, elas liberam sílica e CO2, que poluem o ar e causam males respiratórios. Usadas na fórmula do produto, dispensam o uso de quartzo e argila, recursos não renováveis.
Fontes: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Universidade Anhembi Morumbi e Universidade Mogi das Cruzes (UMC).
A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século 18, apresentou ao mundo uma nova forma de fabricar produtos. Em pouco tempo, o homem se tornou capaz de produzir mais do que o necessário para sobreviver e a publicidade foi o meio encontrado para ajudar a escoar o excedente, gerando novas demandas e contribuindo para estabelecer um modelo de sociedade altamente influenciado pelo consumo. Desde então, várias questões relacionadas a isso desafiam a inteligência humana. Que destino dar aos restos dos processos industriais? E às mercadorias descartadas depois que cumprem
sua função?
"Os ciclos da natureza são processos de reciclagem constantes para manter o equilíbrio nos ecossistemas. Faz sentido, então, pensar que o homem pode se apropriar deles para conceber estratégias e viabilizar essa harmonia", diz Rosely Imbernon, docente do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza da Universidade de São Paulo (USP), campus Leste. Essa ideia tem impulsionado a pesquisa acadêmica e industrial para que o lixo seja usado como uma matéria-prima para gerar novos materiais, com mais qualidade ou preços melhores (conheça na ilustração acima alguns exemplos).
"Além de levar esse conhecimento à turma, é importante que o professor revele que essa é uma maneira de preservar vários recursos naturais", diz Paulo Sérgio Bedaque Sanches, autor de livros didáticos e professor universitário (leia a sequência didática).
Percebendo a utilização que materiais como esses em produções em escala, a turma compreende que reciclar é mais que usar vidros de molho de tomate como porta-caneta. É agregar valor a produtos tradicionais e criar novos, o que preserva a natureza, faz a economia crescer e a sociedade viver melhor.
fonte http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/reciclagem-levada-serio-educacao-ambiental-meio-ambiente-sustentabilidade-567787.shtml
Pesquisar este blog
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Reciclagem levada a sério
Postado por luanovaeducaçao às segunda-feira, agosto 09, 2010 0 comentários
Marcadores: Publicaçoes
Literatura, muito prazer
A escola é um ambiente privilegiado para garantir muito contato com os livros. Conheça, passo a passo, os caminhos para ir além dos resumos e questionários de leitura e incentivar na garotada o gosto pelas obras literárias - mesmo que você não tenha familiaridade com esse tipo de texto
Elisa Meirelles (elisa.meirelles@abril.com.br). Com reportagem de toda a equipe de NOVA ESCOLA e
Muito se fala do poder da literatura - e de como a escola é um lugar privilegiado para estimular o gosto pela leitura. Infelizmente, porém, as salas de aula brasileiras estão longe de ser "celeiros de leitores". Salvo exceções, o contato dos estudantes com os livros costuma seguir um roteiro no mínimo enfadonho: alguns títulos (quase sempre "clássicos") são indicados (leia-se empurrados goela abaixo) e viram conteúdo avaliado (perguntas de interpretação de texto com uma única resposta correta). E só. A experiência que deveria ser desafiadora vira uma tarefa burocrática e sem graça. Os jovens se formam sem entender os benefícios da leitura e acabam não lendo mais nada. Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) e o Instituto Pró-Livro mostra que 45% da população não lê nenhum exemplar por ano (desses, 53% dizem simplesmente "não ter interesse" e outros 42% admitem "ter dificuldade").
Mas, obviamente, é possível mudar esse quadro. Esta reportagem especial se propõe a ajudar você com dicas de especialistas e novidades do campo da didática. Para começar, é preciso compreender que, antes de analisar e refletir sobre os aspectos formais da literatura (história, linguagem etc.), os estudantes têm de gostar de ler. E isso só se faz de uma maneira: lendo, lendo, lendo. Porém ninguém nasce sabendo. Cabe à escola dar acesso às obras e ensinar os chamados comportamentos leitores: "entrar" na aventura com os personagens, comentar sobre o enredo, buscar textos semelhantes, conhecer mais sobre o autor, trocar indicações literárias. Tudo pelo prazer que a literatura proporciona, de nos levar a outros lugares e épocas. Um percurso que idealmente começa na infância - mas também pode ser iniciado mais tarde (nunca é tarde para abrir o primeiro livro).
Nas próximas páginas, você encontra um guia com sugestões para despertar esse gosto pelos livros e ensinar os comportamentos leitores, dividido em Educação Infantil, 1º ao 5º ano e 6º ao 9º ano (e também os erros mais comuns que são cometidos na escola). Em seguida, mais três páginas com uma reflexão sobre o papel do professor nessa caminhada - e como fazer para você se encantar pela literatura e/ou ampliar seu repertório. "Quando existe um espaço para discutir as leituras, com a possibilidade de inúmeras interpretações, começamos a desenvolver a curiosidade e o desejo de ir além", explica Mónica Rubalcaba, professora de Letras da Universidad Nacional de La Plata, na Argentina. Com isso, os alunos vão passar a ver a leitura não como uma tarefa escolar, mas como um hábito cotidiano. E você também.
Fonte http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/literatura-muito-prazer-584195.shtml
Postado por luanovaeducaçao às segunda-feira, agosto 09, 2010 0 comentários
Marcadores: Publicaçoes